CAPÍTULO: A INTERPRETAÇÃO DA ESCRITA ANTES DA LEITURA CONVENCIONAL.
Neste capítulo explora-se a interpretação que as crianças fazem das diferentes formas de textos que as cercam. Podem ser percebidos em embalagens de produtos, livros, histórias em quadrinhos, dentre outros. Embora ainda não possuam a leitura convencional as crianças "leem" e reconhecem um produto, por exemplo, pelo desenho que consta na embalagem. Assim como "leem" o desenho da capa de um gibi e sabem qual é. Ou seja, trabalha-se nesse contexto a assimilação. Isso prova que a leitura não é apenas realizada através de palavras e da interpretação destas. Há outras formas de se ler.
Ferreiro destaca que deve-se levar em consideração a bagagem de esquemas interpretativos que a criança traz consigo. É primordial para o educador ter essa noção para poder trabalhar de forma efetiva, já que nenhuma aprendizagem começa pelo zero.
Como um primeiro conhecimento, a criança desenvolve a noção de que as letras representam o nome de algo. No começo, justamente por possuírem a leitura, ela acredita que a sequência de letras que estiver em algum lugar representará o objeto em si e não propriamente a marca. Um exemplo dado pela autora é o das crianças que acharam que a letras impressas em uma caixa de leite dizem "leite". Elas não percebem como um logotipo de marca, mas como o produto em si.
Existem duas considerações necessárias para as primeiras interpretações: o contexto e o texto escrito. Estas referem-se à "hipótese do nome". Ambas precisam se relacionar e para isso, como explicitado no texto, as relações entre o contexto e o texto escrito passam pelas seguintes etapas:
1) O significado de um determinado texto escrito (T) depende inteiramente o contexto (C). Se mudarmos o C, a interpretação do T também mudará. Se o C não puder ser interpretado, T também não terá interpretação alguma.
2) Se for estabelecida uma relação inicial entre C e T, T manterá a mesma interpretação a despeito de mudanças de C (durante um determinado intervalo de tempo t).
3) As propriedades de T são levadas em consideração. A interpretação de T ainda é dependente de C, mas as propriedades de T modulam a interpretação que é dada.
No decorrer do capítulo a autora expõe um estudo de situações de escrita e leitura feitas por crianças de diferentes faixas etárias, onde foram analisadas as formas de interpretação que faziam do que foi escrito e lido por elas. É válido lembrar que para a compreensão dos muitos aspectos que envolvem a questão da escrita e da leitura, Emília Ferreiro embasou-se nas teorias de Piaget. Em várias passagens dos textos ela faz menção às ideologias piagetianas, passando aos leitores, principalmente a nós educadores, a mensagem de que para uma avaliação bem feita é necessário o embasamento em um referencial teórico profundamente conhecedor do assunto.
Como complementação da minha reflexão, pesquisei na internet vídeos que explorassem o que foi discutido. Encontrei uns da revista Nova Escola que fez palestras sobre alfabetização e teve como convidada para falar sobre o tema a Professora-doutora e especialista em alfabetização Telma Weisz. Julguei tais vídeos como enriquecedores e esclarecedores para a comrpeensão do que é abordado nos dois capítulos de Emília Ferreiro. A palestra de Wiesz totalizam 4 vídeos, entretanto, não consegui disponibilizá-los aqui. Então, para quem quiser assitir deve procurar no Youtube, utilizando a entitulação "Alfabetização - Telma Weisz".
Para facilitar, colocarei a seguir os links destes videos sequenciais:
Alfabetização - Telma Weis (1ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=2wK9lw2cehI
Alfabetização - Telma Weis (2ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=RzR-ga8ke9U
Alfabetização - Telma Weis (3ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=85anC1wxGoA
Alfabetização - Telma Weis (4ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=WiMcSsryCG0
Um abraço, Fernanda.
Neste capítulo explora-se a interpretação que as crianças fazem das diferentes formas de textos que as cercam. Podem ser percebidos em embalagens de produtos, livros, histórias em quadrinhos, dentre outros. Embora ainda não possuam a leitura convencional as crianças "leem" e reconhecem um produto, por exemplo, pelo desenho que consta na embalagem. Assim como "leem" o desenho da capa de um gibi e sabem qual é. Ou seja, trabalha-se nesse contexto a assimilação. Isso prova que a leitura não é apenas realizada através de palavras e da interpretação destas. Há outras formas de se ler.
Ferreiro destaca que deve-se levar em consideração a bagagem de esquemas interpretativos que a criança traz consigo. É primordial para o educador ter essa noção para poder trabalhar de forma efetiva, já que nenhuma aprendizagem começa pelo zero.
Como um primeiro conhecimento, a criança desenvolve a noção de que as letras representam o nome de algo. No começo, justamente por possuírem a leitura, ela acredita que a sequência de letras que estiver em algum lugar representará o objeto em si e não propriamente a marca. Um exemplo dado pela autora é o das crianças que acharam que a letras impressas em uma caixa de leite dizem "leite". Elas não percebem como um logotipo de marca, mas como o produto em si.
Existem duas considerações necessárias para as primeiras interpretações: o contexto e o texto escrito. Estas referem-se à "hipótese do nome". Ambas precisam se relacionar e para isso, como explicitado no texto, as relações entre o contexto e o texto escrito passam pelas seguintes etapas:
1) O significado de um determinado texto escrito (T) depende inteiramente o contexto (C). Se mudarmos o C, a interpretação do T também mudará. Se o C não puder ser interpretado, T também não terá interpretação alguma.
2) Se for estabelecida uma relação inicial entre C e T, T manterá a mesma interpretação a despeito de mudanças de C (durante um determinado intervalo de tempo t).
3) As propriedades de T são levadas em consideração. A interpretação de T ainda é dependente de C, mas as propriedades de T modulam a interpretação que é dada.
No decorrer do capítulo a autora expõe um estudo de situações de escrita e leitura feitas por crianças de diferentes faixas etárias, onde foram analisadas as formas de interpretação que faziam do que foi escrito e lido por elas. É válido lembrar que para a compreensão dos muitos aspectos que envolvem a questão da escrita e da leitura, Emília Ferreiro embasou-se nas teorias de Piaget. Em várias passagens dos textos ela faz menção às ideologias piagetianas, passando aos leitores, principalmente a nós educadores, a mensagem de que para uma avaliação bem feita é necessário o embasamento em um referencial teórico profundamente conhecedor do assunto.
Como complementação da minha reflexão, pesquisei na internet vídeos que explorassem o que foi discutido. Encontrei uns da revista Nova Escola que fez palestras sobre alfabetização e teve como convidada para falar sobre o tema a Professora-doutora e especialista em alfabetização Telma Weisz. Julguei tais vídeos como enriquecedores e esclarecedores para a comrpeensão do que é abordado nos dois capítulos de Emília Ferreiro. A palestra de Wiesz totalizam 4 vídeos, entretanto, não consegui disponibilizá-los aqui. Então, para quem quiser assitir deve procurar no Youtube, utilizando a entitulação "Alfabetização - Telma Weisz".
Para facilitar, colocarei a seguir os links destes videos sequenciais:
Alfabetização - Telma Weis (1ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=2wK9lw2cehI
Alfabetização - Telma Weis (2ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=RzR-ga8ke9U
Alfabetização - Telma Weis (3ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=85anC1wxGoA
Alfabetização - Telma Weis (4ª parte)
http://www.youtube.com/watch?v=WiMcSsryCG0
Um abraço, Fernanda.
Fernanda, o texto-síntese ficou muito bom! Parabéns! A organização das respostas num único texto demonstra que você captou os pontos principais do texto.
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