domingo, 26 de julho de 2009

A construção do conhecimento sobre a escrita

Olá, pessoal!! Estamos quase encerrando o semestre e esta é minha última postagem referente ao último texto trabalhado em sala, junto com o Profº Ivan. Como o texto a seguir também envolve aspectos da construção da escrita e da leitura, e são, de uma maneira geral, os que estão presentes nas postagens anteriores, não irei prolongar minha reflexão. Darei destaque ao que me chamou mais atenção: as construções de hipóteses feitas pelas crianças no processo de aprendizagem.


Na aula do dia 14/07 foi utilizado para discussões o texto "A construção do conhecimento sobre a escrita", de Ana Teberosky. Não muito diferente dos anteriores, este artigo trata da questão da Escrita e da Leitura. Neste, a autora ressalta a forma de pensamento que uma criança, que está em processo de aprendizagem, faz sobre a escrita, avaliando as assimilações informativas e os conhecimentos adquiridos acerca de textos. Analisa-se, portanto, como as crianças formam o conhecimento na área da linguagem escrita. A representação da linguagem através da escrita, a relação entre esta e a leitura, os princípios de organização do material gráfico desenvolvido pela criança, a função dos nomes e do nome próprio no material escrito são os aspectos abordados no decorrer do texto.

Situações de construção da escrita feitas por crianças que iniciaram contato com o ato de escrever foram expostas e analisadas. A primeira situação refere-se à construção do próprio nome. O estudo do desenvolvimento processual da criança em questão mostra o avanço que ela teve ao fazer a leitura e a escrita do seu nome, num período de 7 meses. Este exemplo, é bom por apontar aspectos que precisam ser averiguados pelo professor, tais como: a segmentação do curso da escrita (da esquerda para direita); a leitura da criança acerca do que está escrito; e o ponto mais importante: o professor precisa verificar as hipóteses já construídas por ela.

Uma primeira distinção - a qual depois se torna parte do conhecimento - é a que a criança faz ao começar a diferenciar desenho de escrita. Assim, percebe que palavras são escritas com letras, embora, inicialmente, não conheça todas.

Conforme a criança evolui na escrita e na leitura, e de acordo com as hipóteses já formuladas que ela tiver, ela pode encontrar dificuldades para ler algumas "palavras", pois perceberá que certas condições não estarão de acordo. Para que o professor encontre a melhor maneira de realizar o seu trabalho alfabetizador, ele deve evidenciar as hipóteses das crianças no decorrer do processo de construção de conhecimentos da escrita. Elas devem ser percebidas como seres pensantes que tem suas lógicas.

Para complementar, transcreverei abaixo o quadro da página 45, o qual explicita as regularidades da escrita formuladas em quatro itens:

1) A criança constrói hipóteses, resolve problemas e elabora conceituações sobre o escrito.

2) Essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com o material escrito e com leitores e escritores que dão informação e interpretam esse material escrito.

3) As hipóteses que as crianças desenvolvem constituem respostas a verdadeiros problemas conceituais, semelhantes aos que os seres humanos se colocaram ao longo da escrita (e não apenas problemas infantis, no sentido de respostas idiossincráticas ou de erros conceituais dignos de serem corrigidos para dar lugar à aprendizagem normativa).

4) O desenvolvimento de hipóteses ocorre por reconstruções (em outro nível) de conhecimentos anteriores, dando lugar a novas construções (assim acontece, por exemplo, com o conhecimento sobre as palavras, as expressões da linguagem, a forma e o significado do signo).



Um abraço, Fernanda.




Um comentário:

  1. Fernanda, muito boa a síntese. Apenas não considero importante fazer a trasncrição do quadro, sem realizar uma reflexão a respeito. Um outro aspecto que chama a atenção é a ausência de relações mais estreitas com a prática. De qualquer modo, sua postagem está muito bom. Seu texto é bem articulado e muito claro na expressão das ideias.

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